A Última Estrela

por Sammu

 

 


Capítulo 12: Running to  Stand still
 

 

- Alteza. – ouviu-se Esmeralda a dizer perto de um trono que estava no meio de uma sala escura.

- Esmerada, espero que não… - disse uma voz doce mas ao mesmo tempo cruel- que não tenhas… falhado outra vez.

- Perdão. – disse Esmeralda não conseguindo esconder o seu nervosismo. A última guerreira despertou e conseguiu devolver a transformação às outras guerreiras. O seu poder é grande demais… …

A cara obscurecida da pessoa com quem Esmeralda falava ganhou contornos sombrios.

- A última guerreira? Espero que não seja quem estou a pensar…

- Sim, é ela majestade. Salvou a princesa e guerreiras de Júpiter, Marte e Vénus e destruiu o general Olho de Peixe.

- Nada de desculpas. Há muito que a guerreira já havia despertado. Mas parece que deixou de ser cobarde. Sabes o que tens a fazer Esmeralda. – disse segurando uma pedra baça nas suas mãos.

- Porque não usa o poder do Cristal? Com certeza iria ajudar, agora que elas não o têm… - disse Esmeralda receosa.

- Silêncio! Crês que se eu quisesse já não o tinha feito? Estou fraca, e o momento da coroação aproxima-se. Executa o plano rapidamente.

- Sim majestade. – disse Esmeralda desaparecendo.

- Cristal Prateado… o místico Cristal Prateado…. A tua fama já ultrapassou a galáxia e espalha-se pelo universo. Quantas batalhas foram travadas por ti, quais são os teus mistérios? – suspirou colocando a mão na cabeça. Endymion?

Uma figura masculina surgiu.

- Sim majestade?

- Sei que ainda estás debilitado, por enquanto vais descansar. Chega perto de mim.

A figura subiu ao trono, ficando também envolvida na escuridão. Os dois beijaram-se numa carícia sem fim.

 

A milhares de km de distância duas raparigas acordaram sobressaltadas ao mesmo tempo.

Bunny levantou-se da cama num salto, deitando o relógio da sua mesinha de cabeceira ao chão e acordando Maria.

- Que se passa Bunny? – perguntou Maria ensonada.

- Tive um pesadelo. Desculpa ter-te acordado. – disse Bunny tentando lembrar-se do que havia sonhado. Infelizmente não se conseguia lembrar, tudo estava disperso na sua mente.

- Não faz mal. – disse-lhe Maria levantando-se. Já são sete menos dez. Horas de acordar!

- Odeio acordar cedo! Mas se tem mesmo de ser… Importas-te que eu tome banho primeiro?

- Tudo bem, podes ir. Eu vou preparar o pequeno-almoço para todos. – disse Maria abrindo a porta do seu quarto.

- Maria?

- Sim? – disse ela parando e voltando-se para trás.

- Muito obrigada. – disse Bunny sorrindo. Por nos deixares ficar aqui em tua casa e por nos tratares como se fossemos a tua família.

- Ora… -suspirou Maria embaraçada – Sabes bem que adoro ter gente em casa, fico muito feliz por ter companhia! Especialmente vocês que vos adoro! – disse-lhe piscando o olho e saindo do quarto.

Bunny sabia que como Maria havia perdido a sua família muito cedo era uma pessoa carente, apesar de não o demonstrar, e que realmente estava feliz por ter tanta gente em casa.

- Sou uma sortuda. – pensou para si mesma. Tenho amigos de ouro, e isso é mais do que qualquer pessoa poderia desejar. Pegou nas suas roupas e entrou na casa de banho.

Na sala, Chico ainda dormia no sofá. Maria preparou o pequeno-almoço: panquecas à Makoto. Preparou a mesa para cinco pessoas e abriu uma lata de comida para gato.

- Luninha? – sussurou Maria, passando a mão pelo pêlo de Luna, que dormia numa cesta de lã, perto do Chico.

- MIAUUU! – miou Luna cumprimentando Maria e saltando de seguida para a cara do Chico que ainda dormia profundamente.

- Que queres Luna? – disse Chico aborrecido por ter sido acordado contra a vontade. Panquecas!!!

- Já vi que és fã de panquecas, hã? – sorriu-lhe Maria.

- Bom dia! – disse o pai de Bunny saindo do outro quarto, já envergando o seu fato.

- Olá a todos! Vou preparar o pequeno- al… Oh! – disse desapontada a mãe de Bunny ao ver a mesa cheia de panquecas. E eu a pensar que hoje ia ter a oportunidade de cozinhar…

- Desculpe Sra. Tsukino. Eu vivo sozinha há tento tempo que nem pensei que haveria outra pessoa interessada em cozinhar! Mas sabe, tenho todo o gosto! Cozinhar é a minha grande paixão.

- E a jardinagem também, pelo que vejo! – disse a mãe de Bunny apontando para toda a casa, que estava coberta de plantas.

- Bom diaaaa! Que cheirinho é este? PANQUECAS!!!! – gritou Bunny alegremente correndo para a mesa.

- Isto de adorar panquecas deve ser genético! – pensou Maria divertida.

Todos se sentaram à mesa a comer as deliciosas panquecas, apenas a mãe de Bunny estava cabisbaixa.

- Que se passa mãe?

- Nada, nada…

- Não disfarces, nós conhecemos-te. – insistiu Chico.

- Oh, não é nada de mais…

- Querida – disse o pai de Bunny olhando para ela- conta-nos por favor.

Maria sentiu-se um pouco a mais.

- É que aqui não tenho nada para fazer… A casa está sempre impecável, e a Maria trás o jantar do seu restaurante. Sinto-me uma inútil- desabafou.

Maria sentiu a sua cara a ficar muito vermelha.

- Ora, puque num arranxas um parte-taime? – disse Bunny com a boca cheia de comida.

- Um part-time? Eu? Já tenho mais de 40 anos, é muito difícil.

- A mãe de um amigo meu é mais velha do que tu e não foi por isso que deixou de arranjar um emprego. – observou Chico.

- Hum… Se calhar é isso mesmo que vou fazer! – disse já mais encorajada.

- E tens todo o nosso apoio querida! – disse o seu marido colocando-lhe o braço nos ombros.

- Eu bem que precisava de ajuda no meu restauran… - começou a dizer Maria.

De repente os relógios de pulso de Maria e Bunny começaram a tocar em simultâneo.

- Eia, que alarmes sincronizados que vocês têm! – gracejou Chico.

Os pais de Bunny olharam entre si, já sabiam o que aquele som significava.

- Que olhares são esses? –desconfiou Chico. E o que se passa com esses relógios?

- Não é nada. – disse Maria levantando-se e pondo um ponto final na conversa.

- Há uma vaga no salão de beleza e então dá sinal nos nossos relógios. – desculpou-se Bunny seguindo Maria.

- Bunny! – chamou a mãe. Boa sorte.

Bonny sorriu-lhe.

- Boa sorte? Para ir ao salão de beleza? O mundo está doido! – suspirou Chico.

Bunny saio do apartamento ouvindo a mãe a dizer ao Chico que às vezes o cabelo queima-se no secador, razão pela qual havia desejado boa sorte.

- Fala Maria, o que se passa? Over. – perguntou Maria descendo rapidamente as escadas.

- Maria é a Rita. Vem ao templo rápido. – disse a imagem da Rita dentro do intercomunicador.

- Que se passa aí? – perguntou Bunny quase tropeçando num degrau.

- Não há tempo para… ex…car.. – a transmissão fora abaixo.

- Vamos a isto. JUPITER CRYSTAL POWER, MAKE UP!

- MOON PRISM POWER, MAKE UP!

Chegaram à porta de entrada do edifício. A calçada estava cheia de pessoas, que, ao vê-las, ficavam estupefactas a olhar.

Meteram-se no carro de Bunny e dirigiram-se a toda a velocidade para o templo. Pelo caminho ultrapassaram carros e sinais vermelhos.

Ao chegar ao templo depararam-se com as escadas de acesso fechadas.

- Ai… A Rita trancou o templo! E agora? – perguntou Sailor Moon atrapalhada.

- Saltamos o muro. – disse Júpiter saltando o alto muro. Depois de estar lá em cima esticou a mão até Sailor Moon.

Depois de já estarem do lado de dentro subiram rapidamente as escadas.

- Navegante da Lua prepara-te, podemos ser atacadas a qualquer momento.

- Certo. – disse, preparando a sua tiara.

De repente, um vulto surgiu por detrás delas. Sem pensar duas vezes, Bunny lançou a sua tiara.

 

 


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