A Última Estrela

por Sammu

 

 


Capítulo 14: remember

 

- Rita, achas que dá tempo para a nossa transformação antes da Maria atacar? Não seria melhor nos transformarmos agora?- perguntou Joana nervosa.

- Ora Joana, a nossa transformação é instantânea. Apesar de nos parecer que demora algum tempo, na realidade demora menos do que três segundos- esclareceu-a Rita. Vamos esperar. Em silêncio! – acrescentou Rita vendo que Joana estava novamente prestes a falar.

Passados cinco minutos, entraram as três no parque. Este ainda não havia sido arranjado e estava numa grande confusão de terra revolvida e árvores arrancadas, resultado do primeiro ataque de Esmeralda. Bunny decidiu ir sempre em frente, enquanto que Rita virou à esquerda e Joana à direita.

 Enquanto caminhava, Bunny segurava o alfinete de transformação para se transformar em caso de ataque. De repente viu um raio de luz em direcção a um arbusto.

- Aha! MOON PRISM POWER…. MAKE UP! – gritou Bunny transformando-se. Vai ser mais fácil do que estava á espera! MOON TIARA ACTION!

A tiara foi lançada e expandiu-se em forma de O com o intuito de prender os braços de Júpiter. Depois do ataque, Sailor Moon foi conferir o arbusto que se encontrava sem ninguém, apenas com a tiara no meio das folhas..

- Oh… - suspirou Sailor Moon desapontada colocando a tiara na sua testa novamente. Jurava que tinha visto um rai… AHHH!

O grito de Sailor Moon foi abafado pelas mãos de Júpiter que saltou por de trás dela, vinda do topo de uma árvore. (Escrito no Vôo Praga-Paris- 6 Abril de 2007)

Joana caminhava calmamente pelo outro lado do parque. O sol estava forte, e os raios reflectiam-se nos seus cabelos cor de oiro.

- Huaaa…. – bocejou Joana cinco minutos depois. Parece que a Júpiter não está deste lado.

Tendo todo aquele tempo sozinha, começou a pensar em toda a sua vida até àquele momento. Lembrou-se da relação conflituosa que havia mantido com a sua mãe, mas que agora melhorara consideravelmente. Lembrou-se de quando conheceu o seu gatinho Artemis, enquanto saía do duche, e de quando este lhe dera uma caneta de transformação, tornando-se assim na primeira navegante a despertar, Sailor V.

Como Sailor V perdera um amigo querido e fora amaldiçoada: nunca encontraria o seu verdadeiro amor. Ainda como Sailor V salvara as restantes navegantes de serem mortas por Zoicite e Kunsite e fizera-se passar por princesa da lua para proteger Bunny. Mais tarde tornara-se em Navegante de Vénus, a guerreira da beleza e da luz. Tudo isto parecera-lhe um passado tão distante até à poucos dias. Via-se agora (aterragem) forçada a ter de abandonar a sua participação na série Pêssegos com Sal. Depois lembrara-se de que não passava de uma mera figurante e que a sua participação talvez não fosse assim tão importante.

- Talvez o meu propósito seja apenas ser líder das guerreiras que protegem a princesa. Estou para ver como é que isso me dá independência económica. Talvez deva começar a pedir um pagamento à Bunny. – riu-se da sua própria ideia. Ai… A minha vida anda um passo para a frente de dois atrás… - murmurou distraída.

Quando sentiu alguém por detrás de si já era tarde demais, um golpe de judo nos seus ombros fizera-a desmaiar.

(Escrito no Vôo Paris-Lisboa 6 Abril de 2007- Stora Daniela a dormitar)

Rita andava pelo parque alerta, na eventualidade de apanhar Júpiter. Sentia-se um pouco triste vendo o seu parque em tamanha confusão.

- Eu vou gastar tantos Yens para arranjar isto… - suspirou melancólica. Bem, vou começar a cobrar entrada no templo para compensar! – disse com um sorriso maquiavélico.

De repente ouviu alguém atrás de si.

- MARS CRYSTAL POW…

- Ritinha? Que estás a fazer? – perguntou o seu avô vindo de trás das moitas. Rita escondeu o seu ceptro que entretanto começara a brilhar.

- Avô! Devia estar a fazer amuletos! – disse embaraçada.

- Vim dar uma voltinha, não posso?! Sou escravo de alguém? – disse irritado. Afinal que gritaria é esta? E isso que tens a brilhar atrás das costas?

- Eu… eu…. Estava  cantar em quanto apanhava pirilampos! Marcia Marcia, lá lá lá lá um cristal de poweira! Poeiraaaaaaa! Lá lá lá… - cantou de improviso.

- Que canção doida, esta juventude está perdida. E diz-me lá, que pirilampos são esses que têm um brilho vermelho? Deixa-me ver! – exclamou o avô

- Ó avô, não tem mais nada que fazer? Olhe que está frio, a sua reumática não anda nada bem. – disse-lhe com medo de ser descoberta.

- És capaz de ter razão. Vou voltar lá para dentro, tenho muito que fazer, especialmente depois de aquele raio ter atingido o templo… - falou enquanto entrava nas moitas de volta ao edifício.

- Pois é! Vá pela sombra querido avô! Ufa… - suspirou aliviada.

Continuou a sua caminhada pelo parque até que chegou exactamente ao sítio onde Esmeralda tinha mandado uma bomba de poder negro. Quando Rita passou perto daquele local sentiu fortes tonturas.

- O… que… se… passa… - perguntou Rita desfalecendo imediatamente.

 

- Serenidade estás atrasada!

- Tens razão Marte, não dei conta do tempo a passar! É só colocar um pouquinho de perfume e já estou pronta. – disse a princesa Serenidade pegando num frasquinho de cristal.

- Ela vai encontrar-se com o Endymion! – disse Vénus animada.

- Ah não! Nós temos que ir para o baile de máscaras. –disse Marte franzindo a testa.

- Não se pode travar o amor Marte. – disse Júpiter piscando o olho.

- Mas é tão perigoso, tão improvável… Tu és da Lua e ele da Terra… E bem sabes que os terrestres sempre invejaram o poder do sagrado Cristal Prateado. – argumentou Marte nervosa.

- Ele ama-me e eu a ele. E isso basta. Nada nos fará separar, este amor será eterno. – disse a princesa penteando os longos cabelos.

- Mesmo assim devias ter mais cuidado com a condessa da Terra.

- A Beryl? – perguntou Vénus maquilhando-se ao lado da princesa.

- Sim, ela é uma pessoa muito estranha. Sinistra até. Não estou com um bom pressentimento… Temo que algo vá acontecer.

- Não sejas tão pessimista Marte. –disse-lhe Júpiter pensativa. Mas tens uma certa razão, desde que o computador central da Lua detectou aquele energia anormal vinda das manchas solares, a Beryl não tem agido muito normalmente. – disse Júpiter olhando pela janela do palácio, de onde se via a Terra sob o espaço negro.

- Vou para a varanda meninas, ele deve estar quase a chegar! – disse Serenidade caminhando para a porta da varanda.

- Mas o baile está mesmo a começar! – ralhou Marte. Esta rapariga é impossível!

- Tenho novidades! – gritou Mercúrio abrindo as pesadas portas do quarto. Já descobri mais novidades sobre nós!

- Tu não te cansas Mercúrio! – exclamou Vénus exagerando no rouge.

- Descobri que as navegantes deste sistema solar têm três estágios. Normal, Super e Eterno! – disse orgulhosa.

- Nós estamos no super não é? Pelo menos hoje estou super bonita! Ah ah ah ah! – riu Vénus sozinha.

- Não… Infelizmente só estamos no primeiro estágio. – disse Mercúrio desapontada, ignorando a piada de Vénus.

- Temos que trabalhar mais. Como podemos avançar?

- Não tenho muitas mais informações, até porque até agora só uma de nós chegou a essa fase. Mas para passar para Super precisamos de treinar para aumentar consideravelmente os nossos poderes. Para sermos Eternas, temos que receber um grande poder da essência dos nossos planetas guardiães, e receber poder também dela…

- Infelizmente ela não tem muito tempo para treinar connosco… - disse Marte triste.

- Mas lembrem-se que a nossa missão é proteger a princesa e o Milénio Prateado. Ela e as guerreiras do espaço exterior têm outro tipo de missão e deveres. – disse Júpiter séria.

- Meninas, o baile começou! Vamos! – disse Luna entrando no quarto com Artemis.

 

A imagem foi ficando esfumada e distorcida. Marte sentiu a consciência a voltar para o seu corpo inanimado. Acordou. Sentiu uma presença.

 

 


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