A Última Estrela por Sammu
Capítulo 15: Come In, Stranger
Com uma reacção rápida Rita transformou-se. - MARS CRYSTAL POWER, MAKE UP! - SPARKLING WIDE PRESSURE! Marte abriu a mão e tomou a posição de arqueiro. Uma seta de fogo formou-se nas suas mãos. - MARS FLAME SNIPER! A seta de fogo foi lançada e encontrou-se com o disco de raios de Júpiter, provocando uma explosão que as cega por momentos. Júpiter aproveita e contorna Marte escondendo-se numa árvore por detrás dela. - Eu encontro-te… PHOBOS, DEIMOS! – dois corvos negros apareceram no céu vindos do templo. Instantaneamente encontraram Júpiter e grasnaram, avisando a sua mestre. Marte flectiu as pernas e colocou os braços em forma de cruz. Uma forma assustadora surgiu do seu corpo. - MARS SNAKE FIRE!- a cobra serpenteou até Júpiter fazendo-a saltar para um espaço aberto. Não me escapas! – disse com adrenalina nas suas veias. Desenhou um círculo brilhante no ar. BURNING MANDALA! A tiara de Júpiter exibiu uma antena e centenas de folhas de carvalho rodaram no seu corpo. - JUPITER OAK EVOLUTION! Os discos de Marte colidiram mais uma vez com as bolas de raios de Júpiter provocando pequenas explosões múltiplas mas de grande energia. O ar ficou de um branco ensurdecedor devido à luz das explosões. Marte e Júpiter foram projectadas para o chão. Quando tudo ficou novamente visível Marte abriu os olhos e deparou-se com um espectáculo de fogo que dançava entre as árvores. - Ahhhhhhhh! – gritou histérica. O MEU PARQUE! VAI BUSCAR UMA MANGUEIRA! Enquanto Júpiter corria para buscar uma mangueira, Marte ligou o sistema de rega automático, que, apesar de danificado, ainda esguichava alguma água. Apressou-se a buscar um extintor. Pasados dez minutos, ela e Júpiter conseguiram apagar o fogo. - Ufa… - suspirou Júpiter de alívio. Que tal considerarmos um empate? – sorriu com a cara chamuscada. - Acho melhor! Pelo menos outro combate destes não vamos ter aqui. – disse retribuindo o sorriso. As outras duas? - Ehehehe! Segue-me! Marte seguiu Júpiter, não reparando no topo de uma antiga construção que foi revelada devido aos buracos que as explosões provocaram na terra. Quando chegaram à clareira do centro do parque, Joana e Sailor Moon estavam amarradas e dormiam ao sol com um pequeno fio de baba descendo-lhes da boca.
- Que vergonha! –gritou Rita a Bunny e Joana, já desamarradas e compostas. Além de terem sido capturadas ainda por cima adormecem! E tu Joana! – disse olhando para Joana com indignação. Nem sequer chegaste a transformar-te! - Então, mas a Júpiter apareceu por detrás… - falou baixinho Joana tentando desculpar-se. - Mas isso o que importa? Se queres saber eu estava deitada quando ela me atacou e mesmo assim defendi-me. – respondeu Rita com um certo tom de orgulho na voz. - Deitada? – perguntou Bunny com a sobrancelha franzida num tom acusador. - Não é o que estás a pensar! – disse corada. Tive… uma visão. - Visão? Então foi por isso que estavas naquela posição… - pensou Maria alto. - Conta, conta! – disse Joana entusiasmada com um brilho nos olhos. Bunny sentiu-se incomodada, já era doloroso pensar no passado e ainda para mais na situação em que se encontrava com Gonçalo desaparecido. Todas sentaram-se à volta de Rita, que começou a contar todos os detalhes. Seguiu-se um silêncio após a explicação. - Pelo que contaste, começou Maria, essa conversa passou-se no dia do baile de máscaras, na noite em que o Reino das Trevas atacou o Milénio Prateado. E quando todas nós… - calou-se olhando para baixo. - Então a Mercúrio disse que para evoluirmos para Eternas precisamos de receber poder dos planetas guardiães e “dela”? – perguntou Joana. - Exactamente. Resta saber quem é o “ela”. - Deve ser a princesa Serenidade não é? - Pela maneira de como nos estávamos a referir não me parece que seja a princesa. – opinou Rita pensativa. - Ou então a rainha Serenidade? Como guardiã do Cristal Prateado e chefe das navegantes e do Milénio Prateado devia ter um poder enorme. –disse Maria imaginando a figura de uma mulher de cabelos brancos como a seda e com o olhar sereno. - Porque será que não nos lembramos totalmente das nossas vidas passadas? – disse Joana com uma certa pena no olhar. - Talvez ainda não tenhamos despertado totalmente. - Bem, mais uma coisa para descobrirmos. – disse Bunny tentando por um ponto final à conversa que lhe partia o coração. - Mas não se esqueçam que a Mercúrio também disse que temos que buscar poder aos nossos planetas guardiães. Então para isso temos que recolher o máximo de informações sobre eles e… - E primeiro vamos ao parque da cidade. – interrompeu Bunny. - Concordo, já é hora do almoço, ficamos aqui a manhã toda, quero ir a uma barraquinha comer um cachorro quente. – disse Joana ponto o braço sobre o ombro de Bunny. - Eu também já petiscava qualquer coisa, lutar com vocês deixou-me esfomeada! – brincou Maria piscando o olho. - Pronto pronto, vamos lá então. – concordou Rita. No carro da Bunny? - Oh, vamos de metro, não me apetece conduzir. Desceram a grande escadaria do templo e depararam-se com meia dúzia de jornalistas. - Ai… Outra vez não… - disse Rita pondo a mão na testa. - Não desesperes. - disse Bunny procurando qualquer coisa no bolso. Aqui está! Tinha na mão uma caneta colorida com um brilhante na ponta. - A caneta da transformação! – exclamaram em coro. - Juntem-se todas a mim! Poder Lunar, transforma-nos em lindas polícias! Uma série de faíscas saíram do brilhante e envolveram-nas. As quatro transformaram-se em mulheres fardadas de cabelo curto. Dirigiram-se ao portão. - Polícia! – disse Bunny ponto uma voz autoritária. - Ficam desde já avisados que o incidente do templo Hikawa está sobre investigação e é estritamente proibido recolher declarações da bela rapariga Rita Hino e seus familiares e amigos, sob pena de multa pesada! – berrou Rita libertando toda a sua raiva acumulada. Os jornalistas começaram a cochichar entre si. - Dispersar, dispersar! – disse Maria autoritatiamente. Os jornalistas rapidamente saíram do local mandando insultos inaudíveis. - Poder lunar, make out! Logo de seguida voltaram ao normal, dirigiram-se à estação do metro em direcção ao parque da cidade. Três estações depois saíram no solarengo parque. - Ahhh! Como eu adoro Juuban! – disse Joana espreguiçando-se entrando no parque. - O metro é espectacular, chegamos aqui rapidíssimo. – observou Rita olhando para o relógio. Olharam entre si. - A Bunny? – perguntou Maria. Avistaram Bunny cerca de setenta metros à frente numa barraquinha de lanches, pedindo um cachorro super size.
Depois de todas terem feito os seus pedidos, sentaram-se a comer à sombra de um grande carvalho. - Hoje está um dia óptimo, nem parece Abril. - É verdade. Adoro estar aqui no parque a observar as pessoas que passam. Encontramos cada uma…! – disse Joana divertida. Uma forte ventania levantou-se no parque. - Aii, que vento tão forte! – disse Bunny ficando com os seus odangos todos despenteados. Deixa-me arranjar o cabel… Paff! Um chapéu bege bateu em cheio na cara de Bunny fazendo com que ela deixasse cair o cachorro por si abaixo, sujando a roupa toda. A ventania parou tão de repente como começara. O vestido de Bunny apresentava-se todo manchado de Ketchup e mostarda. - Ah ah ah ah ah ah! – ria-se Rita histericamente engasgando-se com a comida. É uma trapalhada típica tua! - Ai sim? Dá cá um abraço amiga! – disse Bunny abraçando Rita fazendo com que esta ficasse também suja. - Como te atreves?! Toma! – gritou Rita atirando o seu cachorro cheio de molho para a cara de Bunny. As duas envolveram-se numa luta de comida. - Ai ai… O pobre chapéu que está no meio delas é que está a sofrer. – observou Maria levantando-se do banco juntamente com Joana, para não levarem com restos de comida. - Desculpem? – disse uma voz afável. - Sim?! – disse Rita irritada com os olhos tapados de maionese. - Penso que vocês têm o meu chapéu… - disse a rapariga de longos cabelos verdes esboçando um sorriso.
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