A Última Estrela

por Sammu

 

 


Capítulo 2: His Arrival
 

 

Depois do jantar, Bunny e as outras voltam para casa. Já é noite, e ela dirige-se para a casa de banho, a fim de tomar um belo banho de espuma.

- Não pode ser –pensa. Já nenhuma de nós se transforma… Será o fim das navegantes? Desde que venci o Caos no centro da galáxia a minha semente de estrela, o Cristal Prateado, foi perdendo o seu poder. Também não me serviria de nada transformar. A galáxia partiu o meu ceptro, já não tenho tiara como Eternal Sailor Moon, resumindo, sou uma inútil sem qualquer tipo de ataque.

- Miauuuuu... – ouviu-se um miar sofrido que ecoou pela casa.

- Luna? Onde estás? – perguntou Bunny apanhada de surpresa.

Bunny saiu da banheira, enrolou a toalha à volta do seu corpo e foi procurar Luna.

- Luna? Responde! Não brinques, Luna!

Luna encontrava-se no parapeito da janela do quarto de Bunny, com alguns cortes.

- Luna! O que te aconteceu?!

- Miau…

Bunny então reparou que a lua em quarto crescente na testa de Luna, outrora tão amarela, encontrava-se de um branco quase transparente. Então percebeu que Luna não conseguiria mais falar. Cuidou dela durante toda a noite, e quando Luna adormeceu, foi ao cofre da casa. Retirou de lá um medalhão em forma de coração incrustado com 9 pedras preciosas. Abriu-o e retirou de lá com um grande clarão um cristal de cor prata muito baço.

- MOON ETERNAL, MAKE UP! – nada aconteceu- Como eu pensei… O Cristal Prateado perdeu o seu brilho, parece que agora não passa de uma simples pedra. Será que é esta a forma de anunciar que a era das navegantes acabou? De qualquer maneira tenho de descobrir o que aconteceu à Luna.

No dia seguinte, sábado, Bunny dirigiu-se novamente para o templo Hikawa para os preparativos finais. Maria finalmente havia saído do restaurante.

- Meninas, tenho más noticiais.

- O que se passa Bunny? Acabaram os cereais de chocolate?

- Rita! Fala Bunny.

- É a Luna. Apareceu ferida ontem à noite e o pior de tudo é que a luz do seu quarto crescente cessou… Perdeu a habilidade de falar.

- Que estranho. Mas bem que o Artemis não aparece em casa desde ontem de manhã. Está relacionado com o que aconteceu à Luna? Estou preocupada.

- Penso que chegou mesmo o fim das navegantes.

- Não… Ainda não acabou.

- Que queres dizer?

- A Ami.

- Que passa com ela?

- Falei ontem com ela pela internet. Apesar de ter tido várias tentativas frustradas e de o seu poder estar fraquíssimo, conseguiu transformar-se anteontem.

- Juro que não entendo. Ela consegue e nós não? Quem me dera poder falar com a Mariana e as outras. Será que elas se transformam? Eu deixei o medalhão no cofre, porque ontem tentei transformar-me e nada. Será que… Será que se vocês tentarem outra vez vão conseguir?

- Bem, não há nada como tentar. VENUS CRYSTAL POWER, MAKE UP!

- MARS CRYSTAL POWER, MAKE UP!

- JUPITER CRYSTAL POWER, MAKE UP!

 

Os gritos das transformações pairaram no ar durante momentos. As três encontravam-se com as mãos erguidas ao alto.

 

- Hã… Isto foi um bocado ridículo visto que não aconteceu nada. – disse Maria quebrando o silêncio.

- Não sei se ria, não sei se chore. Mas também não vale a pena chorar no bife queimado, não é verdade meninas?

- Não é assim! Não vale a pena chorar sobre o leite derramado!

- Vamos ser racionais. O meu cristal de Marte, o vosso de Júpiter e Vénus parece que vão buscar os seus poderes ao Cristal Prateado da Bunny. O cristal também dá a habilidade ao Artemis e à Luna de poderem falar. Se o Cristal Prateado está enfraquecido e sem poder é normal que as nossas transformações não funcionem. O estranho é a Ami ter conseguido.

- Vamos falar com ela pelos nossos intercomunicadores então e tiramos a limpo. Será que funcionam a tantos milhares de km de distância? – Bunny levantou o pulso e falou para um aparelho que à vista desarmada assemelhava-se a um relógio de pulso. Bunny chama Ami, over. Escutas Ami?

- Ò Bunny isso não fun… – começou Rita.

- Espera! – ordenou Bunny insistindo. Responde Ami, over. Que estranho. Não responde!

- Era isso que a Rita te estava a dizer. Os intercomunicadores simplesmente pararam de funcionar. Eles funcionavam com o poder do Cristal Prateado.

- Ah, ok… Ahahahah, como poderia eu imaginar! -diz Bunny ficando vermelha.

- Felizmente existe uma coisa chamada Internet. Agora na Alemanha deve ser fim de tarde. A Ami já não deve estar em aulas, a esta hora costuma estar no MSN. Vamos ali ao computador do meu quarto -todas entram no quarto da Rita- Deixa ver… [email protected], iniciar sessão… Bolas, não está cá. Tentamos mais tarde então. Entretanto vamos acabar os últimos preparativos do festival. É já logo à noite!

- Meninas, eu… Tenho de ir fazer uma coisa! Vejo-vos logo à noite! Tchau!

- Joana! Volta cá! – chamam em conjunto.

- Era só o que me faltava. Bem, parece que vamos ser só nos as 3 a colocar as mesas e as cadeiras e a preparar os stands…!

- Aiiiii –gritou Bunny- está-me a doer a barriga!

- Oh não!- exclamou Maria- esqueci-me do fogão do restaurante aceso!

Rita olhou para ambas num tom bastante ameaçador.

- Ena, estou a sentir-me melhor milagrosamente!

- Pois! E o Mário deve ter apagado o fogão. – disseram ambas um pouco desapontadas.

- Acho bem! Quanto mais rápido trabalharmos mais rápido acabamos.

Tudo foi arrumado, e sem darem por isso trabalharam o resto da tarde toda. Eram já 17:00, faltavam 3 horas para o início do festival.

- Meninas, tenho de ir! – disse Bunny com uma expressão super-feliz.

- Pensava que ficavas aqui até à hora do festival.

- Não. Tenho um assunto inadiável!

- Estamos misteriosas estamos! – disse Rita sorrindo. Vai então, mas não chegues atrasada, por favor! Já somos poucas, não quero imaginar o que faríamos sem mais uma!

Bunny dirigiu-se para o seu carro. Tinha uma surpresa preparada. Havia convidado Gonçalo para assistir ao festival e passar as férias de Páscoa com ela. O aeroporto de Tóquio ficava apinhado nesta altura do ano, e o voo do Gonçalo chegava dentro de 30 minutos.

- Acho que devia ter vindo mais cedo – pensou Bunny, tenho que me despachar… OH NÃO!

Havia uma fila interminável na auto-estrada que ligava o aeroporto de Tóquio a Juuban. Quase uma hora depois, Bunny finalmente chega ao aeroporto.

- Sou mesmo despistada. Esqueci-me de carregar o telemóvel e não pude telefonar ao Gonçalo a avisar do meu atraso. Mas finalmente já cheguei, ufa… Ora vejamos, estação de embarque nº 17… Ai, ele já deve estar farto de esperar!

Ao chegar ao lugar combinado não haviam sinais de Gonçalo.

- Que estranho. Ele devia estar aqui. Vou á cabine telefonar-lhe -Bunny entra na cabine e marca o número do Gonçalo. Desligado? Não acredito. Ele nunca anda com o telemóvel desligado...

Já um pouco nervosa Bunny dirige-se ao balcão de informações.

- Desculpe, será que me poderia dizer se o Sr. Gonçalo Chiba fez o check-out do voo das 17:40 vindo do estado de Massachusetts, EUA?

- Desculpe jovem, isso é uma informação reservada.

Bunny fica com lágrimas nos olhos, começando a ficar desesperada.

- Por favor, POR FAVOR! Nem sabe como isto é importante! Não pode ter voltado a acontecer…

- Tenha calma! Bem, vou abrir uma excepção, mas fica entre nós. Como era o nome?

- Gonçalo Chiba.

- Não, ele nem chegou a embarcar.

- Não pode ser! Ele disse-me que vinha neste voo! Veja melhor, veja outras companhias, veja…

- Menina, desculpe não posso…

Bunny procurou desesperadamente pelo aeroporto gritando por Gonçalo.

- Gonçalo! – perguntava tocando em todos os homens de costas que se assemelhavam ao seu amado. ONDE ESTÁS?!

 


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