A Última Estrela por Sammu
Capítulo 3:
The
Festival Bunny entra no seu carro e conduz rapidamente para o templo. Tenta comunicar com Rita, mas lembra-se que os intercomunicadores não funcionavam. Quando Bunny chega ao templo, passada outra hora, sobe rapidamente as escadas. Não podia ser, o Gonçalo desaparecido novamente. O que lhe teria acontecido? - Bunny chegaste! - G-Gonçalo?! Bunny corre a chorar para os braços de Gonçalo, que estava a falar com a Rita e Maria. - Gonçalo onde estiveste? Como, quando…? Estás aqui, mas não... - Tem calma, eu explico. Vim no voo que chegava às 16:10. O apanhei um táxi mas o trânsito estava horrível, cheguei aqui passado pouco tempo de teres partido. - Porque não me ligaste a avisar?!- disse-lhe Bunny rispidamente. - Estava desligado. Sem bateria outra vez não é querida Bunny? Se nos tivesses avisado que ele vinha, uma de nós ia contigo ao aeroporto e assim ficavas contactável. –disse Rita sarcasticamente. - Pois… Mas eu tentei ligar-lhe de uma cabine telefónica quando cheguei ao aeroporto e também estava desligado! – disse Bunny indignada. - Não activei o roaming. Mal cheguei ao espaço aéreo do Japão o meu telemóvel não conseguiu adquirir rede. - Mas afinal porque decidiste vir mais cedo? - Ontem, quando vinha da universidade, reparei que as 4 pedras dos meus guardiães Jédite, Neflite, Zoisite e Kunsite tinham desaparecido. E logo de seguida recebi uma visita inesperada. - Inesperada? Quem? - Hélios. - O Hélios foi ver-te? - Sim, e receio que não tenha vindo trazer boas notícias. - Como assim? - Elysion está a ficar enfraquecida. O Cristal de Ouro está a perder o poder. E acabei de saber pela Rita e pela Maria que o Cristal Prateado também já está quase sem poder. - Bem, não sei se perdeu totalmente, mas já não me consigo transformar. Nem eu nem elas. Mas continua a contar. - Depois de me ter dito isto, disse que tinha de entregar o Cristal de Ouro ao seu verdadeiro utilizador. - Verdadeiro utilizador? Mas não és tu? Afinal o Cristal de Ouro é o cristal protector da Terra. E sendo o teu planeta guardião a Terra, deverias ser o verdadeiro utilizador. Afinal é a tua semente de estrela. - Foi o que eu pensei. Mas ele disse que não era eu e desapareceu. Então pensei que ele poderia ter vindo ter contigo. - Não… Ele não veio aqui entregar-mo. Aliás, já não o vejo desde que derrotamos a Nehelenia. Nunca imaginei que até o Cristal de Ouro estivesse a perder o poder. Acho que é mesmo o fim das navegantes. - Não sei. Acho estranho, mas… - Cala-te. –interrompeu Bunny, atirando-se a ele e dando-lhe um beijo demorado. - Ora, já não há respeito! – disse Rita irritada. - Deixa lá, são as saudades! –sussurou Maria divertida. - Gonçalo!! Estás aqui? Olá olá!!- berrou Joana vindo do nada interrompendo o beijo. - Joana, tudo bem? –disse Gonçalo embaraçado. - Muito obrigado por nos teres deixado sozinhas a arrumar tudo. - Vejo que… hã…te foste produzir. - Tchan tchan! Que acham? Joana envergava um vestido de gala bordô, cheio de brilhantes, com um enorme decote e racha na saia, que era exageradamente comprida. O seu cabelo encontrava-se com madeixa castanhas e exageradamente encaracolado, resultado de uma ida rápida a um cabeleireiro. A sua maquilhagem estava fortíssima. Os lábios pintados de vermelho vivo brilhante, os olhos com uma sombra roxa – parecia que tinha levado um murro na cara- e as bochechas cheias de base. Usava uns brincos de imitação de diamante com colar a condizer. Quando a luz lhes incidia, brilhavam em várias cores. Parecia uma bola de discoteca multi-colorida. - Estás…. Interessante! –disse Bunny esforçando ao máximo para não se rir. - Ao menos tiraste o laço, já é uma melhoria…! – disse Rita tentando manter-se séria. Maria quando viu Joana foi a correr e desmanchou-se a rir atrás de uma árvore. - Hã… Obrigada acho eu…! Rita, a fila lá fora está enorme. - Ah, sim sim! Vou abrir, até porque já está quase na hora! Maria por favor vai ao templo e liga a iluminação, sim? Maria acendeu o interruptor e todo o recinto, incluindo o extenso parque ficou iluminado. Os grilos cantavam, o parque estava arranjado e aparado e o pátio estava decorado com lâmpadas típicas japonesas. Rita abriu a bilheteira e uma enchente de pessoas inundou o recinto. Em menos de 20 minutos a lotação estava esgotada. As pessoas espalhavam-se pelos stands existentes. Um deles pertencia a Maria, o stand das plantas exóticas. - Na compra de duas plantas carnívoras recebem um vale-refeição para um almoço no Makoto’s Flavour Shrine! Rita tinha o stand dos amuletos da sorte do templo. - Estes amuletos dão sorte no amor! Compra e verás a tua vida mudar! Não aceitamos devoluções. Bunny e Joana ficaram com o stand de jogos. Bunny fazia de conta que era cliente para atrair mais pessoas. - Disco…. Acção!! - Vem jogar o lançamento do disco! Se acertares no alvo recebes um peluche das navegantes! A meio da noite Rita enfraqueceu as luzes do recinto. Foi a deixa para todos se juntarem à volta do palco. Com uma explosão de fogo (que levou muita gente a gritar de espanto) apareceu Rita vestida com um quimono e equipada com um microfone. - Boa noite a toda a gente e bem-vindos ao templo Hikawa! – a sua voz ressoou por todo o recinto. O meu nome é Rita Hino, mas podem tratar-me por Rita! Vamos dar início ao espectáculo de talentos! –a multidão aplaudiu. O primeiro concorrente chama-se Jimmy Guria, que vai recitar um poema de amor dedicado à sua namorada Sara! Jimmy subiu ao palco e começou a recitar um poema feito por ele de uma forma tão desajeitada que Rita ficou surpreendida por a multidão não começar a atirar tomates. Rita subiu ao palco rapidamente aplaudindo Jimmy. - Bravo, bravo, palmas para o Jimmy!- ninguém bateu palmas. Hã… o próximo talento é…. Rita Hino, ou seja eu! Hahahahahaha! – soltou uma gargalhada falsa. Vou tocar e cantar um tema original composto por mim, um tema que cantei há 6 anos na minha escola preparatória! Rita sentou-se no piano e começou a tocar e a cantar.
Meu amor, Sonho contigo, Noite e dia, Sem abrigo! Os teus lábios são Doces recordações Do carinho…
A multidão aplaudiu imenso e o público atribuiu nota 8 de um a dez. - Muito obrigada! De seguida apresentamos a única e fantástica Joana Lima, uma conhecida figurante da série juvenil Pêssegos com Sal! Joana irrompeu pelo palco acima, tropeçando em Rita e roubando-lhe o microfone. Esta lançou-lhe um olhar ameaçador. - Iuhu!! Olá Tóquio! – saudou Joana fazendo pose. Vou cantar uma música chamada Moonlight Desenstu, espero que gostem!
Peço
desculpa por não ser sincera
Joana desafinava a cada nota que dava e o público começava a vaiar. Joana parecia cada vez mais atrapalhada e desorientada. - Buuuuu! Vai-te emboraaa! Buuuuu! –vaiava o público. -Oh não! A Joana vai estragar-me o festival!- disse Rita pondo a mão na testa. - Desculpe, será que posso subir ao palco para dar-lhe uma ajudinha? – ouviu uma voz doce. Rita olhou para a rapariga á sua frente. Estava coberta por um vestido e véu brancos de seda, só conseguia vislumbrar os seus lábios carnudos de um rosa claro. - Claro… -disse Rita apanhada de surpresa. Qualquer coisa que salve esta desgraça… - disse dando outro microfone à estranha. Deve ser muçulmana…- pensou. A rapariga pegou num microfone e subiu para o palco. Começou a cantar juntamente com Joana.
Este
luar faz-me chorar
A rapariga catava divinamente, todos ficaram deliciados a ouvir a sua voz, e Joana aproveitou para sair de fininho. - Bem, acho que me vou limitar apenas a ser actriz- pensou aliviada. Uma nuvem em forma de turbilhão começou a formar-se por cima do palco, mas estavam todos demasiado atentos à rapariga dos véus para repararem.
A luz da lua guia o caminho, E aqui sozinha eu te pergunto Terei de novo o mesmo carinho, Será que um dia ele voltará?
- VOLTA SIM! AHAHAHAHAAHAHAH! PODER NEGRO!!! Uma enchente de raios negros atingiu o palco onde a rapariga estava a cantar. O palco imediatamente explodiu.
© Os textos são propriedade dos autores e qualquer reprodução destes deve ser consentida por eles, para tal, basta carregar no nome dos autores que se encontra depois do título da fic. |