A Última Estrela por Sammu
Capítulo 6:
The
Truth
Always
Comes
Out
No dia seguinte à tarde Maria, Rita e Joana estavam reunidas no templo. -Ainda não caí em mim. - É verdade. A casa da Bunny foi completamente destruída. - E não se esqueçam do meu templo. O pátio está todo rachado como podem ver- disse Rita apontando para o chão, que estava num estado deplorável - e no parque há árvores, terra, flores e bancos arrancados. Mas isso nem é o mais grave… - O Gonçalo desapareceu após lutar com a Esmeralda. Os pais da Bunny estão feridos… - E a Luna também não está nada bem. Para não falar no Artemis que nunca mais apareceu em casa. Por falar nisso, está na hora de visitar a Bunny no hospital.
Dirigiram-se para o hospital distrital de Juuban e subiram para o quarto onde se encontrava a família Tsukino. Os pais de Bunny estavam encamados e Bunny encontrava-se numa cadeira a olhar pela janela. - Bunny? – chamou Joana baixinho. Bunny voltou-se para trás e deu um sorriso triste. - Podem falar normalmente. Eles estão a dormir, foram sedados. – disse Bunny apontando para os pais. - Como estás? - Só sofri uns arranhões e uns cortes. – disse-lhes mostrando as ligaduras no braço. Mas não estou nada bem. - Não é para menos… - disse Maria- Vais ver que o Gonçalo está bem. - Não sabes isso Maria. Eu só queria sentir o alívio de saber que ele está bem como senti ontem quando me foram salvar e vi que estavam vivas… - Tens que ter esperança… - disse Joana sem jeito. - Não consigo ter esperança! – gritou-lhes Bunny desatando a chorar. - Pára Bunny! – replicou Rita zangada. Nem sempre tudo é sobre ti e o Gonçalo! Todas ficaram atónitas a olhar para Rita. - Tu ficas sempre deprimida, mas há mais pessoas que sofrem com tudo isto. Quando lutamos com a Beryl demos a vida por ti. A Galáxia também nos tirou a semente de estrela e desaparecemos ali no chão, ao pé de ti. Esse sentimento de impotência que estás a sentir é o que todas nós sentimos constantemente! Não temos poder suficiente para derrotar ninguém, sem ti não podemos fazer NADA, NADA! Já pensaste que nós também somos humanas e sentimos medo? Não podes estar sempre a lamentar-te, tens que ter força e procurar uma solução invés de chorares sempre pelos cantos. – disse Rita ficando com os olhos muito brilhantes. - Rita… - disse Maria num misto de compreensão e de surpresa. Bunny olhou fixamente para Rita. O ambiente ficou pesado mas passados uns segundos Bunny esboçou um sorriso. - Tens razão. Não posso estar sempre a pensar nos meus problemas. Tenho que lutar para descobrir o Gonçalo. Não posso lamentar-me! - É esse o espírito! – disse Joana sorrindo também. - Mas por falar nisso, vocês salvaram-se e transformaram-se. Como? - Foi estranho… O campo de força estava quase a esmagar-nos, mas um furacão enorme carregado de energia destrui-o. - Um furacão carregado de energia? Como? Assim sem mais nem menos? - Não sabemos nada, simplesmente apareceu. E, de repente, sentimos um poder a crescer dentro de nós. - Foi aí que nos tentamos transformar. E felizmente conseguimos. - Esperem! – disse Rita com um ar pensativo. Agora que falam nisso, eu penso que vi a Neptuno quando o furacão apareceu! Só pode ter sido ela a manda-lo! - Mas a Neptuno não tem ataques de ar. Pelo que sabemos ela é a guerreira das águas profundas. - Ai.. – suspirou Joana- agora é que a Ami nos fazia falta para descobrir este mistério. Bunny olhou para o relógio. - Bem, ainda temos montes de coisas para discutir… - Como por exemplo o facto da Esmeralda estar viva. – interrompeu Joana. - … mas tenho que ir buscar a Luna ao veterinário. - Deixa. Nós vamos. Fica aqui com os teus pais. - Obrigada meninas… Estou estafada. A Luna não pode entrar no hospital, será que alguma de vocês não pode ficar com ela esta noite? - Eu fico! –prontificou-se Joana- Assim sinto menos a falta do Artemis. - Bem, então até manhã! Todas se despediram e entrou a enfermeira. - Sr. e Sra. Tsukino, vou administrar-lhes um sedativo para passarem melhor a noite. - Quê? – disse Bunny aflita- quando esteve aqui há 20 minutos não lhes deu? - Dei-lhes um anti-inflamatório. Vou administrar o sedativo, com licença! – disse a enfermeira apressada. - Não é necessário. - disse o pai de Bunny abrindo os olhos. - Esta noite não queremos dormir- disse a mãe abrindo também os olhos. Tens muito o que explicar Bunny.
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